O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, estará em Luxemburgo na próxima segunda-feira (26) para participar do Conselho de chanceleres da União Europeia, no qual o tema central será a crise na Rússia.
O Conselho, presidido pelo alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, tem como primeiro ponto da sua agenda a rebelião promovida pelos mercenários do Grupo Wagner na Rússia, sobre a qual Tajani manteve contatos reiterados com seus homólogos do G7.
Os 27 ministros das Relações Exteriores também discutirão a situação na Ucrânia e as perspectivas gerais da agressão russa contra o país.
Hoje cedo, Tajani já havia dito que “certamente no mundo militar russo, existem alguns problemas sérios nas forças armadas que lutam na Ucrânia” e, portanto, é necessário aguardar o que acontece”.
“As próximas horas serão decisivas”, disse ele, reiterando a esperança de que os acontecimentos possam induzir Moscou a dar um passo atrás, no que diz respeito aos territórios ucranianos, abrindo assim até a possibilidade de diálogo.
De acordo com o ministro italiano, “houve uma situação de caos, agora não sabemos o que está a acontecer, mas não é do interesse nem do objetivo político dos outros Estados intervir”.
“Certamente o caos não fortaleceu o sistema russo, não fortaleceu Putin. Putin está mais fraco, vamos ver o que vai acontecer.
Não sabemos exatamente o que está acontecendo em Moscou, queremos que um cessar-fogo seja alcançado, o que, no entanto, só pode acontecer se as tropas russas voltarem para onde começaram. Esperemos que isso faça os russos entenderem que não é tão fácil vencer esta guerra”, explicou.
Por fim, Tajani garantiu que “agiremos em conjunto com nossos aliados” porque “há uma união muito forte entre os europeus, entre os países da Otan, entre os países do G7” e “todas as escolhas serão feitas em harmonia”.
Durante a reunião desta segunda, os chanceleres também vão abordar as relações entre a UE e a América Latina e Caraíbas, em preparação da Cúpula UE-CELAC de chefes de Estado e de Governo prevista para 17 e 18 de julho em Bruxelas.
Posteriormente, o Conselho discutirá as principais questões atuais, em particular as atualizações no contexto do diálogo entre a Sérvia e o Kosovo, sobre a situação na Tunísia e em Nagorno-Karabakh.