Ao menos sete capitais do país receberão atos pelo fim da escala 6×1 no próximo dia 15, feriado da Proclamação da República. A informação foi divulgada pelo perfil do vereador eleito do Rio de Janeiro (RJ) Rick Azevedo (Psol), criador do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que defende a pauta. As manifestações acontecem em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Vitória, Porto Alegre e Florianópolis (veja abaixo os horários e endereços).
A postagem destaca ainda que essas são as manifestações oficiais do movimento VAT e que outras cidades estão em processo de mobilização. “A luta continua e a mobilização cresce! Nesse dia especial, no feriado de Proclamação da República e aniversário do Rick Azevedo, e atendendo à demanda da classe trabalhadora, vamos às ruas pelo fim da escala 6×1. Cada voz faz diferença, e todos os trabalhadores unidos podem mudar essa realidade!”, afirma a postagem.
Os atos apoiam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pauta a redução da jornada, apresentada pela deputada federal Érika Hilton (Psol-SP). A proposta ganhou forte tração nas redes sociais nos últimos dias, aumentando a pressão sobre o Congresso e a adesão de parlamentares.
Para começar a tramitar, a proposta precisa de 171 adesões. O projeto contabiliza 139 assinaturas, até a manhã desta terça (12). Na lista há deputados de Psol, Rede, PT, PCdoB, PDT, PSB, Solidariedade, Podemos, Avante, MDB, PSD, PSDB, União, PP, Republicanos e PL.
O documento, assinado por Hilton em 1º de maio de 2024, propõe “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e trinta e seis horas semanais, com jornada de trabalho de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
Apoio da CUT
A proposta recebeu nesta terça (12) apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), maior central sindical do Brasil. Em nota divulgada em seu site, a entidade resgata debates de seu último congresso nacional, realizado em 2023, em que a pauta da redução da jornada foi citada como forma de “apresentar uma saída para o problema estrutural de falta de trabalho e postos de trabalhos decentes a toda força de trabalho disponível”.
“É crucial garantir trabalho a todas as pessoas, que estes trabalhos sejam reconhecidos como relevantes socialmente para toda comunidade e não fiquem restritos ao circuito de acumulação capitalista, distribuindo empregos para todas as pessoas, ampliando o tempo livre para que a classe trabalhadora possa ter uma vida digna e com qualidade”, diz o texto.
A CUT ainda reafirma seu “compromisso histórico em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras, contra todas as ameaças de retirada de direitos, contra a redução do orçamento para as políticas públicas e em defesa do fim da escala de trabalho semanal de 6×1 sem redução de salários e sem a retirada de direitos de redução da jornada já conquistadas por algumas categorias por meio da negociação coletiva”.
Veja a programação dos atos
Brasília (DF) – Rodoviária do Plano Piloto, às 9h
Florianópolis (SC) – concentração ao lado do Terminal de Integração do Centro (TICEN), às 10h
Fortaleza (CE) – Praça do Ferreira, às 10h
Porto Alegre (RS) – Usina do Gasômetro, às 15h
Rio de Janeiro (RJ) – Câmara Municipal (Cinelândia), às 10h
São Paulo (SP) – Av. Paulista com Brigadeiro, às 9h
Vitória (ES) – Assembleia Legislativa do ES (ALES), às 14h
Edição: Nicolau Soares