Escavações no sítio arqueológico de Pompeia, no sul da Itália, revelaram a existência de uma “padaria-prisão” na antiga cidade romana devastada por uma erupção do vulcão Vesúvio no ano 79.
O espaço consistia em um ambiente estreito e sem contato com o exterior, apenas com algumas pequenas janelas com grades de ferro para permitir a entrada de luz.
Nesse local, escravos e burros eram trancados e explorados para moer o trigo usado na produção de pães.
Segundo arqueólogos, a “padaria-prisão” ficava em uma casa que passava por uma reforma e era decorada com afrescos refinados. O imóvel incluía uma ala dedicada à panificação, onde homens, mulheres e animais eram submetidos a condições de trabalho massacrantes.
“Trata-se, em outras palavras, de um espaço onde devemos imaginar a presença de pessoas em condição servil e cujo proprietário sentia necessidade de limitar a liberdade de movimento”, disse o diretor do sítio arqueológico, Gabriel Zuchtriegel, em um artigo científico.
“É o lado mais chocante da escravidão antiga, impressão plenamente confirmada pelo fechamento das poucas janelas com grades de ferro”, acrescentou.
Situada nos arredores de Nápoles, Pompeia foi destruída por uma erupção no Vesúvio, que cobriu a antiga cidade com material vulcânico e deixou um rastro de corpos petrificados até os dias de hoje.
O sítio arqueológico é uma das atrações turísticas mais visitadas da Itália, se revezando na liderança do ranking com o Coliseu de Roma e as Gallerie degli Uffizi, em Florença.