Parte do bloco d-7, do Conjunto Habitacional Beira-Mar, desabou na última sexta-feira(07), em Paulista, na área metropolitana do Recife , Pernambuco. A tragédia deixou 14 pessoas mortas e outras sete ficaram feridas. Foi o segundo caso em menos de três meses na região.
Em abril, outra edificação semelhante também desabou na cidade de Olinda, deixando seis pessoas mortas. Além da aparência física das edificações, os dois casos tem um comum o grave problema habitacional na região metropolitana do Recife.
Nas duas situações, os prédios estavam ocupados por famílias que não eram as proprietárias das unidades. Elas tinham se instalado no local após interdição por riscos de desabamento.
A deputada estadual de Pernambuco, Rosa Amorim (PT), falou sobre o assunto no programa Central do Brasil desta segunda-feira(10). Ela explicou um pouco as características do prédio que desabou na última sexta-feira e também denunciou a negligência do poder público a respeito da moradia.
“Uma questão central neste debate é o déficit habitacional. É o desespero dessas famílias que abandonam suas casas, mas não tem onde morar e voltam a reocupar. Para solucionar, é o envolvimento do poder público municipal, federal e estadual, para a gente não ter mais vidas perdidas nestes desabamentos”, apontou a deputada.
Uma semana antes da tragédia, a deputada havia realizado audiência pública na Assembleia Legislativa sobre o direito à moradia. Na reunião, lideranças dos movimentos populares denunciavam a situação do conjunto habitacional, o que transformou o caso em “mais uma tragédia anunciada”, alertou a deputada.
“É importante a construção de um Plano Estadual de Habitação, que ainda não existe em Pernambuco, para que a gente possa trabalhar na prevenção desse tipo de desastre. A gente vem apontando que é necessária uma assistência imediata, para que os atingidos tenham respaldo do poder público”.
Para conferir a entrevista completa, basta assistir ao Central do Brasil desta segunda-feira(10).
Assista agora ao programa completo