O temporal que atingiu o estado de São Paulo na noite da última sexta-feira (11) com ventos de mais de 100 quilômetros por hora deixou pelo menos sete mortos e 1,6 milhão de endereços sem energia elétrica.
Em nota divulgada em seu site oficial, a concessionária Enel São Paulo disse que, às 20h de sexta, 2,1 milhões de clientes enfrentavam queda no abastecimento elétrico, mas o serviço foi restabelecido para cerca de 500 mil.
“No momento, são cerca de 1,6 milhão de clientes impactados. A Zona Oeste e Zona Sul foram as mais atingidas, além das cidades de Carapicuíba, Taboão da Serra, Cotia, Osasco e Barueri”, afirmou a empresa.
Em seu perfil no X, a concessionária explicou que o vendaval “causou danos severos à rede de distribuição” e que suas equipes “estão trabalhando 24 horas nas ruas, nos canais de atendimento e no centro de controle para restabelecer a energia para todos”. “Lamentamos pelos transtornos causados”, acrescentou.
A situação também foi explorada politicamente em vista do segundo turno das eleições municipais em São Paulo, em 27 de outubro. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que no passado já havia criticado a Enel, voltou a culpar a empresa, evitando mencionar que a infraestrutura elétrica da cidade é majoritariamente aérea, e não enterrada. “Virei a noite inteira acompanhando essa tempestade. O que a gente tem de problema na cidade hoje é por conta da ineficiência da Enel”, criticou.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também se pronunciou e pediu que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cobre “celeridade da Enel no restabelecimento de energia elétrica”.
“A agência claramente se mostra falha na fiscalização da distribuidora, uma vez que o histórico de problemas da Enel ocorre reiteradamente em São Paulo. Mostrando falta de compromisso com a população, a agência não deu qualquer andamento ao processo que poderia levar à caducidade da distribuidora, requerido há um ano pelo Ministério”, disse.