Sete mil fiéis foram à Basílica de São Pedro nesta segunda-feira (1º) para a primeira missa do papa Francisco em 2024.
Durante a celebração, o pontífice fez questão de falar sobre o amor como um dos temas principais, destacando que o verdadeiro amor “não sufoca” e “não é possessão”.
“Até nossas mães, com seu cuidado oculto, com seu zelo, são frequentemente magníficas catedrais do silêncio. Elas nos trazem ao mundo e continuam nos acompanhando, muitas vezes despercebidas, para que possamos crescer.
Lembremo-nos disso: o amor nunca sufoca, o amor dá espaço ao outro, o amor nos faz crescer”, disse.
O pontífice convidou os fiéis a pensar nas mães “para aprender esse amor que se cultiva principalmente no silêncio, que dá espaço ao outro, respeitando sua dignidade, deixando a liberdade de se expressar, rejeitando qualquer forma de posse, opressão e violência. Há tanta necessidade disso hoje!”.
O Papa também defendeu que a Igreja deve dar espaço às mulheres. “A Igreja precisa de Maria para redescobrir o próprio rosto feminino: para se parecer mais com ela, que, mulher, Virgem e Mãe, representa o modelo e a figura perfeita; para dar espaço às mulheres e ser generativa por meio de uma pastoral feita de cuidado, solicitude, paciência e coragem materna”, enfatizou.
“Cada sociedade precisa acolher o dom da mulher, de toda mulher: respeitá-la, protegê-la, valorizá-la, sabendo que aquele que fere uma única mulher profana Deus, nascido de uma mulher”, acrescentou.
No Angelus, o Papa ainda renovou seu apelo pela paz: “Por favor, não esqueçamos Ucrânia, Palestina, Israel, que estão em guerra. Oremos para que venha a paz”.
O Papa pediu que todos façam “a resolução e o compromisso de serem construtores da paz todos os dias, também no novo ano. Todos os dias, construtores de paz, levando a paz”.
No Twitter, Jorge Bergoglio também lembrou: “Hoje celebra-se o 57º Dia Mundial da Paz, com o tema ‘Inteligência Artificial e Paz’. Oremos juntos para que essas novas tecnologias estejam a serviço da família humana e ajudem a construir caminhos de fraternidade”.