O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, afastado do cargo e alvo de um processo de impeachment pela tentativa de impor lei marcial, compareceu nesta quinta-feira (20) a um tribunal em Seul para participar da primeira audiência do processo no qual é acusado de insurreição e abuso de poder.
Este é o primeiro processo em um tribunal penal contra um presidente em exercício na história da Coreia do Sul.
No mês passado, promotores indiciaram Yoon após acusá-lo de liderar uma insurreição pela breve imposição da lei marcial em 3 de dezembro.
Na tentativa de esclarecer as principais controvérsias do caso e planejar os próximos passos, a defesa de Yoon alegou que seu cliente queria impedir uma “ditadura legislativa do enorme partido da oposição”.
Os advogados disseram ainda que precisam de mais tempo para analisar os registros e pediram para cancelar sua detenção, afirmando que a investigação foi feita de maneira ilegal e que não havia risco de Yoon tentar destruir evidências.
Não ficou claro quando o tribunal decidirá sobre a prisão, mas o juiz marcou a próxima audiência do caso criminal para 24 de março.
Por outro lado, a Promotoria solicitou a manutenção da reclusão, usando como justificativa "a possibilidade de que o acusado possa influenciar ou persuadir as pessoas envolvidas no caso".
Apesar de comparecer na audiência, Yoon não falou no tribunal, que teve seus arredores lotados por seus apoiadores em um protesto para exigir sua libertação imediata.