Pedro Briones, dirigente do partido Revolução Cidadã, do Equador, foi assassinado nesta segunda-feira (14), de acordo com diversos jornais locais. Os órgãos oficiais do país não tinham se pronunciado sobre o caso até as 20h.
O crime aconteceu cinco dias depois do assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à presidência que foi baleado depois de um comício. A morte de Villavicencio segue sob investigação.
A informação foi divulgada nas redes sociais de uma candidata a deputada do mesmo partido, Paola Cabezas Castillo. O Revolução Cidadã é a agremiação do ex-presidente equatoriano Rafael Correa.
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A candidata que lidera a corrida presidencial no país, Luisa Gonzalez, se manifestou por meio das redes sociais. Ela afirmou que o Equador vive sua época mais sangrenta. “Devemos isso ao abandono total de um governo inepto e a um Estado tomado pelas máfias”, escreveu. As eleições presidenciais estão marcadas para este domingo (20).
Crise e violência
A morte do candidato à presidência Fernando Villavicencio, assassinado na última quarta-feira (9), jogou holofotes na crise política e social do Equador. O país, que já foi um dos mais seguros do continente, viveu uma escalada de violência durante governos de direita.
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As mortes de Villavicencio e de Briones não foram casos isolados de ataques a políticos. Há poucas semanas foi assassinado o prefeito da cidade de Manta, que tem o segundo maior porto do país. Houve, ainda, um atentado contra a vida de outro prefeito, do município de Duran. As taxas de mortes violentas no país dispararam nos últimos anos, saltando de 5,6 para 25 a cada 100 mil habitantes, entre 2017 e 2023.
Analistas apontam que os motivos são variados, mas convergem no aumento da atuação das gangues e do narcotráfico, com a associação de grupos locais com traficantes do México, Colômbia e dos Balcãs. As prisões seriam locais férteis para o recrutamento de membros destes grupos, entre os quais se destacam Los Choneros, Los Tigrones e Los Lobos – grupo que teria assumido a sutoria da morte de Villavicencio.
A ONU diz que em 2022 o Equador se tornou o terceiro país com a maior quantidade de cocaína apreendida do mundo, atrás de EUA e Colômbia.
Edição: Patrícia de Matos