As negociações sobre o documento conclusivo da COP29, que deveria ter sido encerrada na última sexta-feira (22), prosseguem neste sábado (23) para tentar encontrar um compromisso a respeito do novo fundo de ajuda aos países em desenvolvimento contra a crise climática.
O rascunho divulgado pela presidência da cúpula de Baku, no Azerbaijão, prevê um mecanismo de US$ 1,3 trilhão por ano, mas estabelece que a contribuição das nações ricas será de apenas US$ 250 bilhões, sendo que elas teriam até 2035 para atingir esse objetivo, e com a ajuda de fontes privadas, proposta que irritou o mundo emergente.
Esse instrumento substituiria o fundo de US$ 100 bilhões por ano prometido pelos países desenvolvidos há 10 anos, mas que nunca se tornou realidade.
Segundo fontes diplomáticas, as nações ricas podem aumentar sua oferta para US$ 300 bilhões por ano para tentar concluir o acordo.
A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, reiterou que os países em desenvolvimento pedem US$ 1,3 trilhão por ano, predominantemente em doações a fundo perdido, e que não é possível ficar abaixo de US$ 300 bilhões anuais antes de 2030.