Um comitê especial da Organização da Nações Unidas (ONU) apontou nesta quinta-feira (14) que os métodos de guerra usados por Israel na Faixa de Gaza “reúnem as características de um genocídio”.
Os membros da comissão, que foram encarregados de investigar as ações do país no enclave palestino, destacaram as “massivas vítimas civis” e as “condições impostas” aos cidadãos locais.
“Através do cerco a Gaza, da obstrução da ajuda humanitária, dos ataques seletivos e dos assassinatos de civis e de trabalhadores humanitários, Israel provoca intencionalmente a morte, a fome e causa ferimentos graves. A fome é utilizada como método de guerra e inflige castigos coletivos à população palestina”, disse o comitê.
O relatório também destaca como a extensa campanha de bombardeios de Israel no enclave palestino dizimou serviços essenciais e desencadeou uma catástrofe na área da saúde da região.
O comitê mencionou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) utilizaram em fevereiro mais de 25 mil toneladas de explosivos em Gaza, o que representa “duas bombas nucleares”.
“Ao destruir os sistemas de água, saneamento e alimentação, e contaminar o ambiente, Israel criou uma mistura mortal de crises que causarão graves danos às gerações vindouras”, denunciou.
O vice-porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, declarou que as acusações da comissão da ONU contra os israelenses são “infundadas”.