A premiê da Itália, Giorgia Meloni, busca fortalecer os contatos internacionais sobre o conflito entre Israel e Hamas.
Nesta quarta-feira (11), falou ao telefone com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed bin Zayed Al Nahyan.
A conversa foi centrada na necessidade de dar “máxima relevância” ao trabalho para uma “rápida desescalada, a fim de evitar uma ampliação adicional do conflito e apoiar os esforços de mediação para a libertação dos reféns”.
O mesmo tema foi tratado em outra ligação, entre Meloni e o emir do Catar, Tamin Bin Hamad Al-Thani.
Uma das preocupações do governo italiano é que o ataque do Hamas a Israel tenha repercussões também na África.
Uma das áreas de atenção, há muito tempo afetada pelo terrorismo islâmico, é o norte de Moçambique, para onde Meloni vai viajar na sexta-feira (13), em uma missão focada na questão energética, incluindo também uma visita à República do Congo.
Inicialmente a viagem tomaria dois dias, mas foi reduzida para apenas um diante da gravidade da situação em Israel.
Além da questão de segurança, o governo se preocupa com a questão energética. O governo da Argélia, principal fonte de gás da Itália, tomou posição a favor do Hamas.
Segundo fontes do Palazzo Chigi, não há “preocupação no momento” com o fornecimento de energia, e a situação está sendo constantemente monitorada.
Mesmo assim, a viagem à África, planejada por meses, é considerada uma “coincidência fortuita positiva”, porque se encaixa na estratégia de “reforçar o relacionamento de confiança entre Roma e os líderes africanos”.
“Em um momento de cenário incerto, é ainda mais importante manter boas relações com países com os quais há uma colaboração energética tão forte”, explicam fontes italianas.