O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou nesta quinta-feira (15) que deve anunciar em breve um novo programa de desenvolvimento e reforçou que todos os ministros de seu governo precisam articular suas propostas com a Casa Civil.
Ainda sem nome, o presidente afirmou que o novo pacote para o desenvolvimento provavelmente será chamado de Programa de Aceleração do Crescimento 3 (PAC-3), retomando a nomenclatura em governos passados. A orientação para que as pastas tenham um projeto esboçado para até o final do mandato, surgiu neste momento.
“Nós temos que lançar agora no começo de julho um novo programa de desenvolvimento. A Miriam [Belchior] falou de PAC-3, eu falei que tinha que mudar de nome, mas está difícil encontrar outro. É um nome que já está consolidado em um parte da sociedade, entre quem trabalha na área de investimento público, na área de construção civil. A gente vai ter que lançar [e cumprir] esse programa”, ressaltou.
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Lula realizou a terceira reunião com todos os ministérios de seu governo. A primeira ocorreu em 6 de janeiro, dias depois da posse, e a terceira marcou os 100 dias de governo, em 10 de abril. O presidente sinalizou ainda que outro encontro deste tipo não deve ocorrer até o final deste ano. Ao abrir a reunião, que seria conduzida por Rui Costa, da Casa Civil, o petista sinalizou que esta duraria por volta de seis horas.
A tônica dada pelo presidente foi a de que o governo iniciaria seu “segundo passo” a partir do segundo semestre deste ano: “Até agora estivemos tratando da organização do ministério, da briga de orçamento, tentando recuperar as políticas públicas desmontadas. Essa parte está cumprida”.
O chefe do executivo então orientou que cada representante de ministério reportasse ao coletivo as medidas tomadas no primeiro momento de governo para, em seguida, desenhar quais medidas serão tomadas até o final do governo.
“É muito importante que vocês digam o que já foi feito. Digam a dificuldade. Em segundo lugar, o que vai ser feito”, disse.
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Articulação e plano de desenvolvimento
As diretrizes de Lula no começo do encontro tinham como pano de fundo a ideia de que é preciso estabelecer formas de controle da sociedade sobre os trabalhos do governo e de cada ministério.
“Daqui para frente, a gente vai ser ‘proibido’ de ter novas ideias. A gente vai ter que concluir o que nós propomos. Que a gente possa sair daqui com a certeza que o governo já tem no papel e na cabeça tudo aquilo que vai ser feito até dia 31 de dezembro de 2026”, afirmou. A ideia de Lula é que, a partir do estabelecimento de metas para os próximos anos, o governo possa ser cobrado.
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O reforço do pedido para que as políticas públicas e projetos sejam articulados com a Casa Civil se insere, na visão de Lula, neste esforço de planejamento: “Vamos fazer as coisas coletivamente. Não é a política de ministro, é política de governo”. Como novidade, o presidente pediu que não só os projetos passem por Costa, mas também que a divulgação da implementação de cada medida seja pensada e debatida com a Secretaria de Comunicação (Secom), chefiada por Paulo Pimenta.
Apenas a fala inicial de Lula foi transmitida publicamente.
Edição: Nicolau Soares