Milhares de pessoas saíram às ruas no Líbano nesta quarta-feira (27) para festejar o início da trégua de 60 dias entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, medidas que muitos esperam que possa abrir caminho para uma trégua com o Hamas na Faixa de Gaza.
Imagens veiculadas pela imprensa internacional mostram dezenas de pessoas com bandeiras do Hezbollah e pôsteres do finado líder do movimento, Hassan Nasrallah, morto em um bombardeio israelense em Beirute, enquanto festejam em subúrbios no sul da capital, reduto do grupo.
O acordo prevê que Israel retire gradualmente suas forças do sul do Líbano, espaço que será ocupado pelo Exército do país árabe com cerca de 5 mil soldados.
Em pronunciamento à nação, o premiê Najib Mikati disse que o acordo abre uma “nova página” na história do Líbano e cobrou que Tel Aviv respeite o pacto.
Enquanto isso, um funcionário do escritório político do Hamas, aliado do Hezbollah, declarou à agência AFP que o grupo palestino está “pronto para um acordo de cessar-fogo e de troca de prisioneiros”.
“O anúncio da trégua no Líbano é uma vitória e um grande sucesso da resistência”, afirmou o dirigente.
Já a premiê da Itália, Giorgia Meloni, destacou nesta quarta que o cessar-fogo é uma “oportunidade para estabilizar a fronteira entre Israel e Líbano” – o país europeu tem papel de destaque na Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), alvos de ataques dos dois lados em conflito nos últimos meses.
“A Itália dá as boas-vindas ao anúncio de um cessar-fogo no Líbano, objetivo pelo qual o governo estava empenhado havia tempos”, acrescentou.