O ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento Antônio Delfim Netto faleceu na madrugada desta segunda-feira (12), aos 96 anos, “em decorrências de complicações no seu quadro de saúde”.
O economista estava internado desde o último dia 5 de agosto no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A família informou que não haverá velório aberto ao público.
Considerado como um economista da escola desenvolvimentista, Delfim Netto comandou o Ministério da Fazenda entre 1967 e 1974, período que ficou conhecido como o do “milagre econômico”, com um crescimento de 14,4% do PIB.
Já entre 1979 e 1987, durante o governo do último presidente militar, general João Baptista Figueiredo, Delfim Netto foi ministro do Planejamento.
Professor emérito da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), ele também foi parlamentar após o fim da ditadura militar (1964-1985), além de ter sido eleito cinco vezes como deputado federal pelo estado de São Paulo, sendo a primeira delas em 1986.
Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do ex-ministro. “Durante 30 anos eu fiz críticas ao Delfim Netto. Na minha campanha em 2006, pedi desculpas publicamente porque ele foi um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social que implementei nos meus dois primeiros mandatos”, escreveu.
Segundo o petista, “Delfim participou muito da elaboração das políticas econômicas daquele período”. “Quando o adversário político é inteligente, nos faz trabalhar para sermos mais inteligentes e competentes”, acrescentou.