O governo do Equador esclareceu nesta sexta-feira (24) que irá respeitar o resultado do referendo sobre as perfurações petroleiras na região amazônica, jogando por terra as declarações do ministro de Energia e Minas do país, Fernando Santos.
Na quinta (24) o comandante da pasta colocou em dúvida a paralisação das extrações no Bloco 43, em Yasuní, argumentando que na província de Orellana, onde fica o poço, a consulta popular resultou no “Não” para o fim da exploração.
O ministro argumentou que embora o resultado nacional tenha sido pelo “Sim”, só os cidadãos da região poderiam decidir sobre o andamento ou não do processo, segundo a Constituição do país.
Em um comunicado, a presidência do país garantiu que o Executivo acatará a decisão majoritária da população: “O governo nacional reafirma seu compromisso de respeitar a decisão democrática dos equatorianos manifestada nas urnas, deixando o petróleo cru definitivamente no subsolo”.
O texto destaca que a determinação da Corte Constitucional que deu luz verde à realização da consulta popular determinou que, em caso de vitória do “Sim”, seria realizada uma retirada progressiva e ordenada de todas as atividades relacionadas à extração de petróleo em um prazo de até um ano após a notificação dos resultados oficiais.
“O Executivo sempre foi e será respeitoso com a vontade do povo expressada através do voto”, concluiu a nota, que não faz referência às declarações do ministro, O “Sim” para encerrar as atividades venceu nacionalmente com 58,97% dos votos, enquanto na província amazônica de Orellana, onde fica o Bloco 43, o “Não” venceu com 57,99%.