O Ministério Público de Ivrea, na Itália, colocou ao menos duas pessoas na mira da investigação que tenta esclarecer o acidente ferroviário que matou cinco operários na última quarta-feira (30) na província de Turim.
Antonio Massa, de 46 anos, é apontado pelas autoridades locais como um dos responsáveis pela tragédia.
O funcionário da Rede Ferroviária Italiana (RFI) deveria ter impedido que as vítimas começassem a substituição dos trilhos.
Outra pessoa envolvida no caso que foi colocada na mira dos investigadores é Andrea Girardin Gibin, de 52 anos. Ele era colega dos cinco mortos no acidente e também estava no local, mas não foi atropelado por ter visto os faróis do trem que se aproximava.
“As investigações iniciais revelam graves violações do procedimento de segurança no momento do acidente. Existem perfis de responsabilidade pelos quais algumas pessoas serão investigadas. Eles não teriam autorização para trabalhar nos trilhos no momento da passagem do trem”, afirmou Gabriella Viglione, procuradora-chefe de Ivrea.
A reconstrução do MP indicou que os trabalhadores estavam no local há alguns minutos e já desatarraxavam os trilhos quando o acidente aconteceu. Viglione afirmou que o trem correu grandes riscos de ter descarrilado.
Na oportunidade, o semáforo da linha 1 estava regularmente verde para o trem entrar na estação de Brandizzo, ou seja, o maquinista provavelmente não foi avisado da presença de trabalhadores nos trilhos.
“Andrea está em estado de choque: há anos que trabalhava com os seus companheiros. Talvez seu instinto o tenha permitido a se salvar, pois assim que viu a luz do comboio saltou para o outro lado”, disse Deborah, cunhada de Girardin Gibin.
A tragédia ocorreu pouco antes da meia-noite, nas proximidades da estação de Brandizzo, quando um trem vazio e fora de serviço atropelou o grupo de trabalhadores que fazia manutenção nos trilhos.
A composição viajava a cerca de 160 quilômetros por hora e era composta pela locomotiva e mais 11 vagões.