A União Europeia e os Estados Unidos uniram forças no campo sanitário e criaram a primeira força-tarefa para consolidar a cooperação em diversas áreas do setor, informou a comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, e o secretário do Departamento da Saúde, Xavier Becerra, nesta quarta-feira (17).
Os objetivos serão a luta contra os vários tipos de câncer, enfrentamento conjuntos de ameaças para a saúde global, como futuras pandemias, a gripe aviária, o vírus Marburg e a resistência a antibióticos, além de reforçar a estrutura dos sistemas sanitários. Logo serão instituídos os grupos de trabalhos técnicos nesses setores prioritários.
Em nota, Bruxelas afirmou que o principal desafio conjunto é o câncer e serão tomadas medidas para “melhorar a prevenção, a individualização e a assistência para todos os afetados” por tumores.
Por isso, os grupos de trabalho nesse assunto serão dois: um focado na doença em pessoas jovens e outro em tumores de pulmão no âmbito dos programas Plano Europeu de Luta contra o Câncer e do norte-americano Cancer Moonshot.
Já na cooperação contra ameaças sanitárias globais e de reforço das estruturas, Bruxelas e Washington comprometeram-se em “melhorar a compreensão das condições pós-Covid e do seu impacto na saúde, na sociedade e nas economias”.
Também querem garantir uma melhor interação entre a Autoridade Europeia para Preparação e Resposta às Emergências Sanitárias (Hera) e a Administração para Preparação e Resposta Estratégica (ASPR), assim como uma ação comum para garantir estoques seguros e programas de vacinação.
Ambas as partes reforçam o compromisso para um “êxito positivo das negociações para um acordo global sobre pandemias e sobre as modificações do regulamento sanitário internacional até maio de 2024”, pedindo ainda a ampliação do Fundo Pandêmico.
A nota reforça que os dois Executivos apoiam dar passos concretos para a criação de mecanismos globais duradouros para o acesso a medidas médicas durante as emergências sanitárias, ressaltando que um “ambicioso acordo está ao alcance das mãos, mas pedirá vontade política, criatividade e atenção a soluções práticas”.
Ao fim do comunicado, UE e EUA prometem “enfrentar os desafios sanitários das meninas, das mulheres e dos mais vulneráveis”, destacando que “os direitos das mulheres são valores fundamentais das democracias”.