O Parlamento da União Europeia aprovou nesta quarta-feira (12), por placar apertado de 336 votos a favor e 300 contrários, uma lei que determina a proteção de pelo menos 20% da superfície terrestre e marinha do bloco.
A Lei de Recuperação da Natureza é um dos pilares do “Green Deal” europeu, pacote de normas ambientais apresentado pela Comissão Europeia, poder Executivo da UE, para combater a crise climática.
“Foi uma votação crucial para o futuro do Green Deal e para os objetivos de neutralidade climática”, declarou o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, responsável pela implantação do plano ambiental de Bruxelas.
A votação do projeto dividiu a maioria no Europarlamento, com parte do conservador Partido Popular Europeu (PPE), dono da maior bancada na casa, se posicionando contra.
“Nossa batalha continua, sem natureza não há futuro”, disse a ativista sueca Greta Thunberg, que acompanhou a votação em Estrasburgo.
O resultado desta quarta define a posição oficial do Parlamento Europeu nas negociações finais para a aprovação definitiva do projeto com a Comissão Europeia e o Conselho da União Europeia, órgão que reúne representantes dos 27 Estados-membros.
A Lei de Recuperação da Natureza estabelece que, até 2030, o índice de superfícies terrestres e marítimas protegidas na UE chegue a pelo menos 20%, medida que a direita vê como prejudicial para agricultores e pescadores.
Além disso, o texto também busca reverter a tendência de declínio na população de insetos polinizadores, aumentar as áreas urbanas verdes e recuperar hábitats marinhos.