A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã deste domingo (24) três suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marille Franco, então vereadora do Rio de Janeiro, e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Foram presos: Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.
A operação foi realizada conjuntamente entre a PF, a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público do Rio de Janeiro, com base na delação de Ronnie Lessa, executor do crime, que os apontou como mandantes, em delação homologada na última semana. Segundo informações da PF, a ação foi realizada neste domingo pois havia suspeitas de que os três já esperavam por uma operação.
Além das prisões, os agentes também realizaram apreensões sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.
Pelas redes sociais, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, manifestou alívio com a notícia das prisões. “Só deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê? Agradeço o empenho da PF, do governo federal, do Ministério Público Federal e Estadual e do ministro Alexandre de Moraes. Estamos mais perto da Justiça”, escreveu.
Seis anos
No último dia 14, completaram-se seis anos do assassinato de Marielle e Anderson, mortos a tiros em uma emboscada no centro do Rio quando voltavam de uma agenda do mandato. O caso tomou repercussão internacional, mas até hoje não foi totalmente solucionado. Mesmo com as prisões, ainda faltam esclarecer as motivações do crime.
Em julho de 2023, o ex-policial militar Élcio Queiroz, acusado pelo crime, deu detalhes da execução. Na virada do ano, Ronie Lessa, também ex-PM, apontado como autor dos disparos, delatou o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, como mandante.
Edição: Rodrigo Gomes