Por “decisão soberana”, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero, anunciou nesta quinta-feira (06/04) a volta do país como Estado-membro da Unasul (União de Nações Sul-Americanas).
Segundo o chanceler, a volta da Argentina à organização deixada durante o governo do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) e seu alinhamento à direita e ao governo dos Estados Unidos, foi decisão do chefe de Governo Alberto Fern´ández.
Por sua vez, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, parabenizou a decisão de Fernández, afirmando que “a integração sul-americana é garantia de soberania, solidariedade e fraternidade dos povos livres da Pátria Grande”.
Já o ex-presidente da Colômbia e secretário-geral da Unasul até 2017, Ernesto Samper Pizano, saudou o anúncio de reincorporação da Argentina à organização.
“Assim é restaurada a esperança de trabalharmos juntos novamente em questões comuns na região, como a transição ecológica, a soberania alimentar ou a inteligência artificial”, declarou Pizano.
Manifestação do Brasil
Na esteira do anúncio argentino e segundo o jornal O Globo, o presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, deve anunciar a volta do país à Unasul quando completar 100 dias de governo, na próxima segunda-feira (10/04). Brasília deixou a organização em 15 de abril de 2019, sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).
O planejamento de retorno à Unasul foi afirmado por Lula ao tomar posse como presidente eleito do Brasil em 1º de janeiro no Congresso.
Além disso, ao parabenizar Fernández pela decisão, Pizano também agradeceu ao presidente do Lula por manifestar interesse em voltar à União.
Além do Brasil, outro país que pode voltar a fazer parte da Unasul é o Chile. Tendo anunciado a decisão argentina diretamente de Santiago, onde faz reuniões bilaterais com o presidente Gabriel Boric, Fernández também convidou o vizinho latino-americano a reativar sua participação na organização, segundo o portal chileno Emol.
A Unasul foi criada em 23 de maio de 2008, com impulso de Néstor Kirchner, Lula, Hugo Chávez e Evo Morales e foi criada visando “a paz e a segurança, eliminar a desigualdade socioeconômica, alcançar a inclusão social e a participação cidadã, fortalecer a democracia e reduzir as assimetrias no marco do fortalecimento da soberania e independência dos Estados” segundo o governo brasileiro.
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