No Parque Arqueológico de Pompeia, a seção feminina do complexo das Termas do Fórum foi aberta ao público nesta sexta-feira (8), após a conclusão das obras de manutenção e restauração.
Usadas sempre como depósito de material arqueológico e, por isso, ocupadas por grandes estantes, as Termas, acessíveis ao público pela primeira vez, revelaram superfícies pintadas que, até agora, permaneciam desconhecidas.
Graças ao minucioso trabalho dos restauradores italianos e com a ajuda de um instrumento laser de última geração, foi possível descobrir a beleza da decoração da primeira sala.
Sob uma espessa camada de calcário, boa parte da decoração estava oculta, caracterizada pela alternância de painéis de cores, e sobre a pequena pia, pintada em verde-água, estendia-se uma esplêndida decoração com elementos vegetais e pássaros sobre um fundo amarelo.
A decoração vegetal também está presente na estrutura de suporte da pia. Vasos ricos em detalhes, escritos de vários tipos e até mesmo um desenho fálico contam sobre a vida daqueles que usavam o balneário.
A obra de restauração envolveu a realização de trabalhos de proteção contra os fatores de degradação, a pavimentação dos telhados, dimensionados para resistir até mesmo a fenômenos meteorológicos muito intensos, e o preenchimento das fissuras, que formam um complexo padrão.
Essas marcas são, em grande parte, evidência dos eventos sofridos pelo monumento nas diferentes fases antigas, como o terremoto do ano 62 d.C.
e a erupção do ano 79 d.C.
As Termas do Fórum estão localizadas atrás do Templo de Júpiter e datam dos anos imediatamente após a destruição da veterana colônia pelo general Sula (80 a.C.).
As seções feminina e masculina tinham entradas separadas. A parte feminina, de menor tamanho que a masculina, estava em processo de renovação no momento da erupção.
A seção masculina tinha um apodyterium (vestiário), um tepidarium (banhos em temperatura média), um frigidarium (banhos frios) e um caldarium (banhos quentes).