A Suprema Corte do Peru rejeitou nesta quarta-feira (7) um pedido de liberdade provisória do ex-presidente Pedro Castillo, apresentado por suas advogados, e confirmou a condenação a 36 meses de prisão preventiva por corrupção.
O ex-chefe de Estado peruano está na prisão de Barbadillo, em Lima, sob a acusação de “rebelião”, “abuso de autoridade” e “conspiração” após tentar dissolver o Congresso e aplicar um autogolpe de Estado em dezembro de 2022.
Com a decisão do Supremo Tribunal, adotada por unanimidade, ele terá de permanecer detido até março de 2026. Inicialmente, sua pena de prisão preventiva teria duração até dezembro de 2024.
De acordo com o juiz, a documentação apresentada pelos advogados de Castillo, incluindo alguns vídeos, “não são relevantes ou úteis para a tomada de decisão sobre a revogação da prisão preventiva de 36 meses”.
A defesa do ex-mandatário do Peru chegou a destacar que um procedimento preventivo tão longo violava o direito a um julgamento justo, a presunção de inocência, a não autoincriminação, a dignidade humana e disposições específicas da legislação. Na semana passada, o Ministério Público peruano havia solicitado uma pena de 34 anos de prisão para Castillo.