O papa Francisco pediu nesta quarta-feira (24), em sua audiência semanal com fiéis, que os católicos da China tenham liberdade para professar sua fé.
A declaração foi dada por ocasião do “Dia Mundial de Orações pela Igreja Católica na China”, com quem o Vaticano tem um acordo bilateral para a nomeação de bispos.
“Convido todos a elevar orações a Deus para que a boa novena de Cristo crucificado e ressuscitado possa ser anunciada em sua plenitude, beleza e liberdade, levando frutos para o bem da Igreja Católica e de toda a sociedade chinesa”, disse o pontífice.
Além disso, Jorge Bergoglio expressou “proximidade a nossos irmãos e irmãs na China, compartilhando suas alegrias e esperanças”.
A Santa Sé e Pequim assinaram em 2018 um acordo que devolveu ao Papa papel ativo na nomeação de bispos chineses, que até então eram escolhidos à revelia do Vaticano.
O pacto foi renovado pela segunda vez no fim de 2022, mas, recentemente, a Santa Sé acusou a China de violá-lo ao nomear bispos em Xangai e Yujiang sem seu consentimento.
Os dois países romperam relações diplomáticas em 1951, quando o Vaticano reconheceu a independência de Taiwan, que ainda é visto por Pequim como uma “província rebelde”.
Durante décadas, católicos chineses viveram divididos entre uma conferência de bispos escolhida pelo Partido Comunista e um braço da Igreja Apostólica Romana que atuava na clandestinidade.
O próprio Francisco já admitiu publicamente que o acordo não é o “ideal”, porém é o “possível” no momento.