Aliados tentavam prorrogar ‘mandato’ em mais um ano
A “presidência interina” de Juan Guaidó na Venezuela chegou ao fim na noite desta quinta-feira (22) após uma votação da Assembleia Nacional. Os parlamentares que compõem a Casa foram eleitos em 2015, em uma grande vitória da oposição ao mandatário Nicolás Maduro, mas o presidente dissolveu o Congresso pouco depois.
Guaidó e esse grupo de parlamentares eram reconhecidos desde 2019 como representantes nacionais pelos Estados Unidos, União Europeia e outros países ocidentais, mas com o passar dos anos, esses reconhecimentos também foram revogados.
A decisão foi aprovada pela Assembleia, que era presidida pelo próprio Guaidó, com 72 votos a favor. O projeto que afetou o líder interino foi apresentado por quatro partidos e que tinha como principal proposta a supressão do cargo de presidente “pro tempore”.
Logo após essa votação, aliados de Guaidó apresentaram um novo texto pedindo que a “presidência interina” fosse prorrogada por mais 12 meses, mas só conseguiram obter 23 votos a favor.
A Assembleia Nacional ainda aprovou que continuará a funcionar de maneira permanente.
Os parlamentares de oposição tentaram por quatro anos derrubar o governo de Maduro, mas não obtiveram sucesso. E Guaidó já vinha sendo isolado há meses pelos próprios aliados por não conseguir avançar na tentativa do país voltar a ter eleições livres. Atualmente, oposição e governistas estão tentando um acordo para pacificar o país em crise há diversos anos.