Passou de 7,3 mil o número de mortos na Faixa de Gaza desde o início da atual guerra entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas, que controla o enclave palestino.
Segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Ministério da Saúde local, os bombardeios israelenses já fizeram 7.326 vítimas, incluindo 3.038 menores de idade, desde 7 de outubro, enquanto outras 18.967 pessoas ficaram feridas.
A guerra foi deflagrada após ataques sem precedentes cometidos pelo Hamas em Israel, que deixaram cerca de 1,4 mil mortos, dos quais mais de 200 ainda não foram identificados.
As autoridades israelenses afirmam que mais de 800 vítimas eram civis, incluindo mulheres, crianças e idosos. O grupo fundamentalista também mantém 229 reféns, de acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF).
Enquanto o balanço da guerra continua se agravando, o Exército israelense realizou uma nova incursão terrestre com tanques e soldados no norte da Faixa de Gaza, na zona de Shejaiya, subúrbio da Cidade de Gaza.
A operação mirou alvos do Hamas no enclave e não resultou em perdas para Israel. Segundo as Forças Armadas, a incursão também serviu de preparativo para “as próximas fases” do conflito, em referência a uma possível invasão por terra em larga escala.
“Shejaiya é uma das principais fortalezas do terrorismo do Hamas”, disse o porta-voz militar Daniel Hagari, acrescentando que a operação serviu para “matar terroristas, remover explosivos e eliminar postos de lançamento de mísseis contra o território israelense”.
Em Jenin, na Cisjordânia, três palestinos foram mortos pelo Exército de Israel e outros 12 ficaram feridos, segundo a agência local Wafa. O Exército, por sua vez, diz ter prendido 36 pessoas na região, incluindo 17 supostos membros do Hamas, e que um dos falecidos era militante do grupo radical Jihad Islâmica.
Já o Hamas lançou mísseis contra Tel Aviv e conseguiu acertar um edifício, deixando três feridos.
Ajuda humanitária
No sul da Faixa de Gaza, um novo comboio de ajuda humanitária cruzou o posto de fronteira com o Egito em Rafah com água, comida e medicamentos, enquanto a União Europeia enviou um avião com 51 toneladas de remédios e materiais escolares para os civis do enclave palestino.
Nas próximas duas semanas, partirão outros cinco voos no âmbito da ponte aérea humanitária através do Egito. Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ofereceu o bloco para sediar uma conferência de paz “o quanto antes”.
“Seria um bom modo de garantir uma paz sustentável na região”, disse o chefe do órgão que reúne os líderes da UE.