A ministra da Secretaria da Presidência da Bolívia, Adela Prado, afirmou nesta quinta-feira (22) em entrevista ao Brasil de Fato que o apoio do governo boliviano às declarações de Lula sobre o massacre de Israel na Faixa de Gaza é “firme e pleno”.
A Bolívia foi um dos países que se solidarizou com Lula após o presidente brasileiro ser declarado “persona non grata” por Israel. A ação ocorreu após o mandatário comparar as ações israelenses contra palestinos ao Holocausto cometido pela Alemanha nazista contra o povo judeu.
“Nosso presidente, Lucho Arce, se solidarizou justamente após as declarações de Lula e da investida que [as autoridades israelenses] estavam fazendo ao declará-lo ‘persona non grata’ em Israel. Os presidentes da Colômbia e da Bolívia foram criticados por essa solidariedade com Lula que, seguramente, é firme e plena”, afirmou.
Prado está em Foz do Iguaçu, no Paraná, para participar da Jornada Latino-americana e Caribenha de Integração entre os povos.
“Estamos em uma luta que é mundial pelos direitos do povo palestino, pela Palestina livre e soberana. Claro que a voz que levantamos em espaços como esses é fundamental para que o povo palestino saiba que não está sozinho”, disse.
Em outubro, a Bolívia rompeu relações com Israel e classificou como um “genocídio” as ações do país em Gaza que já deixaram mais de 29 mil mortos. Prado era chanceler interina da Bolívia à época e foi ela quem anunciou o rompimento de relações.
“Nós também aderimos ao processo da África do Sul na CIJ, em Haia, para se sejam investigados os crimes que estão sendo cometidos na Faixa
de Gaza”, disse.
Edição: Matheus Alves de Almeida