O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criação de uma “mesa de diálogo” em sua reunião com o mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, mas ressaltou que “ninguém vai ter 100% numa guerra”.
“Eu disse ao Zelensky a necessidade de a gente trabalhar para construir a paz e que a negociação numa mesa de diálogo é muito mais barato do que uma guerra.
Não tem vítima, não tem morte e não tem tiro”, afirmou Lula na noite da última quarta-feira (20), em Nova York, antes de retornar ao Brasil.
“Disse ao presidente Zelensky que era importante construir a possibilidade de construir uma mesa de negociação, parar com a guerra e ver se a gente consegue encontrar a solução”, acrescentou.
Lula, por outro lado, reconheceu que “é difícil” negociar, tanto para Zelensky quanto para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, mas ressaltou que o “caminho do diálogo, da paz e da conversa” é a “única solução”.
“Ninguém vai ter 100% numa guerra, ninguém consegue ganhar tudo. Não é apenas a derrota do inimigo, é a construção de uma paz duradoura para que nunca mais aconteça uma ocupação territorial como fez a Rússia”, concluiu.
Lula e Zelensky conversaram por mais de uma hora à margem da Assembleia Geral da ONU, no primeiro encontro presencial entre os dois líderes. Antes disso, o presidente brasileiro já havia se reunido com o mandatário dos Estados Unidos, Joe Biden, com quem lançou um programa de apoio ao “trabalho decente”.
No entanto, Lula e Biden também falaram sobre a guerra na Ucrânia, de acordo com a Casa Branca.
O líder brasileiro fechou sua agenda em Nova York com encontros com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, e o secretário-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.