O primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, anunciou nesta segunda-feira (24), durante a cúpula de Ostende, que “o Mar do Norte será o maior centro de energia verde do mundo”.
A reunião contou com a presença de nove países – Bélgica, França, Alemanha, Dinamarca, Holanda, Luxemburgo, Irlanda, Noruega e Reino Unido -, que assinaram uma declaração conjunta no término da discussão.
“Em resposta à agressão da Rússia contra a Ucrânia e às tentativas de chantagem energética contra a UE, vamos acelerar os esforços para reduzir o consumo de combustíveis fósseis e a dependência de importações, vamos promover as energia renováveis e garantir a resiliência da infraestrutura offshore”, diz o premiê belga.
Antes da reunião, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, já havia dito que o Mar do Norte poderia se “tornar um lugar para gerar muita energia e representar um grande centro interconectado além das fronteiras nacionais”.
De acordo com o alemão, “em um prazo muito curto, o Mar do Norte será um local muito mais importante para a produção de energia do que já é hoje”.
Durante coletiva de imprensa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou que o ano foi “de uma grave crise energética desencadeada pela guerra na Rússia, mas juntos conseguimos nos livrar de nossa dependência dos combustíveis fósseis russos e nos diversificamos de Moscou recorrendo a parceiros confiáveis”.
“Os cidadãos da UE reduziram o consumo de energia em 20%, mas o mais importante é que temos investido massivamente nas energias renováveis”, concluiu ela.
O grupo tem como objetivo aumentar a produção de energia eólica offshore no Mar do Norte, transformando a zona marítima na maior central elétrica do mundo. A meta é passar dos atuais 30GW para 300 GW até 2050.