O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta terça-feira (25) empenho da comunidade internacional para o fim do que classificou como “guerra insana” entre a Rússia e a Ucrânia.
Durante discurso em fórum em Madri com empresários brasileiros e espanhóis, o petista afirmou que compreende a visão da União Europeia (UE) sobre o conflito russo que “jamais poderia ter acontecido”, principalmente porque não se deve aceitar uma invasão territorial, mas ressaltou que não vê “ninguém falando em paz”.
“Numa guerra insana que é a guerra da Rússia e da Ucrânia. Uma guerra que eu compreendo perfeitamente bem como é que os meus amigos europeus veem a guerra.
Uma guerra que jamais poderia ter acontecido, porque não pode se aceitar que um país invada a integridade territorial de outro país”, enfatizou.
No entanto, segundo o petista, nenhum país fala em paz. “E, às vezes, eu fico me perguntando: até quando essa guerra vai durar? Porque, se ninguém quiser construir a paz, e os dois lados, o que invadiu está reticente e o invadido também tem sua razão de estar reticente, eu fico me perguntando quem é que vai tentar resolver essa situação”, acrescentou.
Além disso, Lula garantiu que o Brasil está empenhado “na tentativa de arrumar parceiros para que a gente possa trazer a paz” para a região, para que a “Ucrânia possa ficar com o seu território, para que os russos fiquem com a Rússia, mas para que o mundo não sofra a falta de alimento, para que o mundo não sofra a falta de fertilizantes e para que o mundo volte a prosperar para gerar empregos que a humanidade precisa”.
O petista lembrou, inclusive, que já conversou com o chanceler da Alemanha, Olaf Schoz, e com os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, sobre o plano de paz no território ucraniano. Ele disse ainda que pretende se reunir com o líder da França, Emmanuel Macron, nas próximas semanas.
Lula espera que a iniciativa “traga a paz de volta na nossa querida Europa e que a gente não fique sonhando toda a noite com uma Terceira Guerra Mundial”.