O grupo fundamentalista islâmico Hamas disse ter encontrado “dezenas” de cadáveres no Hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, após a retirada do Exército de Israel do local.
Militares israelenses ocupavam a estrutura sanitária desde meados de março, mas saíram do complexo nesta segunda-feira (1º).
“Dezenas de corpos de mártires, alguns em estado de decomposição, foram encontrados no complexo e no entorno do hospital”, disse o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Segundo a pasta, os danos nos edifícios são “muito significativos”. Já as Forças de Defesa Israelenses (IDF) afirmaram que os soldados “mataram terroristas” no Hospital al-Shifa e “localizaram numerosas armas e documentos de inteligência, evitando danos a civis, pacientes e equipes médicas”.
O complexo fica na Cidade de Gaza, a maior do enclave e devastada durante a incursão israelense iniciada após os atentados de 7 de outubro.
No entanto, de acordo com o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pelo menos 21 pacientes morreram durante o assédio de Israel em al-Shifa, iniciado em 18 de março.
“Resta apenas uma garrafa de água para cada 15 pessoas, e as doenças contagiosas estão se disseminando por causa das condições extremamente anti-higiênicas”, acrescentou Adhanom no X (antigo Twitter).