A base aliada da premiê da Itália, Giorgia Meloni, barrou nesta quarta-feira (24) duas emendas em defesa da transcrição das certidões de nascimento de filhos gerados no exterior por casais homoafetivos.
As emendas haviam sido apresentadas pelo Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, e pela legenda centrista Mais Europa, durante a tramitação no Parlamento de um projeto do governo que torna a barriga de aluguel um “crime universal”.
Sem direito à adoção ou a tratamentos de reprodução assistida, casais homoafetivos italianos frequentemente recorrem a clínicas de fertilização no exterior para realizar o sonho da maternidade e da paternidade, usando doação de gametas ou barriga de aluguel.
No entanto, ao voltar para a Itália, não conseguem registrar os bebês com os nomes dos dois pais ou das duas mães.
Em março passado, o governo Meloni enfureceu a oposição e ativistas pelos direitos civis ao ordenar que prefeitos se negassem a transcrever os registros de nascimento de filhos gerados no exterior por casais homoafetivos.
A prática da barriga de aluguel é proibida na Itália, enquanto a reprodução assistida é autorizada apenas para casais heterossexuais.