O ex-presidente peruano Alejandro Toledo (2001-2006) ficará ao menos 18 meses preso em medida cautelar após ser extraditado ao seu país pelos Estados Unidos no fim de semana.
O político de 76 anos responde a processo que o acusa de corrupção por ter supostamente recebido US$ 30 milhões da empresa brasileira Odebrecht para a construção da estrada Interoceanica.
A Procuradoria-Geral da República pede uma condenação de 20 anos pelos crimes, mas a titular do órgão, Patricia Benavides, afirmou que o ex-chefe de Estado pode reduzir a possível pena se se declarar culpado e aceitar um processo com rito abreviado.
Toledo não deu entrevistas à imprensa, mas disse a Benavides que “está doente” e que “é inocente”. A mídia peruana destaca que todo o rito judicial pode durar até um ano e meio, mesmo recebendo prioridade da Justiça global.
O ex-mandatário foi extraditado após ficar preso em regime domiciliar na Califórnia desde 2019.