João Pedro Stédile, liderança do Movimento, fez um balanço de 2022 e falou das perspectivas o próximo ano
O ano de 2022 mostrou aprofundamento da crise capitalista e trouxe à tona graves consequências do governo Bolsonaro, especialmente o aumento da fome, que atinge hoje cerca de 33 milhões de brasileiros. Essa é a avaliação de João Pedro Stédile, liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
Na mensagem de final de ano do MST, Stédile lembrou do desafio dos movimentos populares de enfrentar a crise num momento em que a mobilização eleitoral era urgente. “O calendário eleitoral nos impôs as eleições, que gerou, então, uma vitória não só eleitoral, mas uma vitória política na sociedade brasileira, que aglutinou todas as forças progressistas do nosso país e levaram à vitória do nosso querido presidente Lula”, afirmou.
“Então, emergiu desse ano difícil e de resistência também uma vitória política, que gerou um governo de frente ampla das forças progressistas da nossa sociedade, que está comprometido em enfrentar prioritariamente os graves problemas do povo: a alimentação, o desemprego, a educação e a saúde”, disse Stédile.
Para 2023, a expectativa é que haja avanço nas políticas públicas sociais e que os compromissos firmados no período eleitoral sejam cumpridos. “Esperamos que o novo governo continue com seu compromisso de que nós teremos uma reforma agrária agroecológica, cujo foco será a produção de alimentos saudáveis”, afirmou.
“Queremos e esperamos que o governo Lula possa, tanto no plano de emergência como ao longo dos quatro anos, tomar medidas de políticas públicas para enfrentar e resolver essa nova missão de transformar a agricultura brasileira numa fonte de alimentos saudáveis, de geração de emprego e de vida boa no campo”.
Edição: Thalita Pires