Crimes contra a humanidade, genocídio, organização criminosa, prevaricação, corrupção e muito mais. A lista reúne supostos crimes que teriam sido cometidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo o Dossiê Bolsonaro, site lançado pelo Projeto Capivara, que reúne advogados, pesquisadores, jornalistas e designers para investigar e expor ilegalidades cometidas pela extrema direita no Brasil. O objetivo é claro: mobilizar a população para cobrar por justiça.
Junto ao lançamento do site, o coletivo espalhou por muros de algumas cidades do Brasil uma série de cartazes (conhecidos como “lambes”) com paródias de pôsteres de filmes famosos e históricos, como E o Vento Levou… (que virou “E o Crime Levou…), Curtindo a Vida Adoidado (“Curtindo o Crime Adoidado”), e Bonequinha de Luxo (“Criminho de Luxo”). Todos têm um QR Code que leva para o site do dossiê.
“Ele foi produzido com a finalidade de criar um registro sólido e duradouro da trajetória política de Bolsonaro com informações verificáveis a respeito de suas atitudes e discursos em temas fundamentais à população e à democracia brasileiras. Confiamos que a Justiça do país apurará com o devido rigor todas as dezenas de ocorrências aqui listadas”, diz a página.
As denúncias foram separadas em quatro grupos: crimes de ódio; crimes na pandemia; crimes de corrupção e crimes eleitorais. São apresentadas categoria, pena prevista, status das investigações e links para confirmações das informações apresentadas.
Para os organizadores da iniciativa, as “condutas potencialmente ilícitas e criminosas praticadas pelo ex-presidente” deixam claras “não só a necessidade de torná-lo inelegível, mas de que seja investigado, julgado e punido”. Vale lembrar que nesta quinta-feira (22) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dá início a julgamento que pode determinar a cassação do registro de candidatura de Bolsonaro nos próximos oito anos.
O Dossiê Bolsonaro apresenta ainda link para um abaixo-assinado para pressionar os ministros do TSE, que vão decidir sobre o futuro político do ex-presidente, bem como links para participação em grupos de WhatsApp organizados pela equipe que montou a ferramenta.
Edição: Rodrigo Durão Coelho