O Ministério Público da Colômbia pediu nesta terça-feira (3), ao Supremo Tribunal de Justiça, ao Conselho Nacional Eleitoral e à Comissão de Impeachment da Câmara dos Deputados que investiguem o presidente Gustavo Petro pelas supostas irregularidades relacionadas ao financiamento da última campanha eleitoral.
As autoridades basearam a solicitação nas declarações do filho mais velho do chefe de Estado, Nicolás, que confessou ter utilizado fundos de origem duvidosa na campanha presidencial de seu pai, após ter sido acusado de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.
Em nota, o MP alegou que o filho de Petro “fez algumas declarações sobre a suposta realização de condutas criminosas, como a entrada de dinheiro aparentemente irregular na campanha presidencial”.
De acordo com a promotoria, o dinheiro usado superou o limite permitido pela legislação colombiana e parte da quantia não foi declarada à Justiça eleitoral do país.
Por sua vez, Petro qualificou a decisão do Ministério Público de “aberração”, alegando que as provas em sua posse teriam sido obtidas através de um “interrogatório ilegítimo” do seu filho.
“É um verdadeiro golpe contra a Constituição, visto que sou uma pessoa que só pode ser julgada por um tribunal especial, como senador naquela época e como presidente agora”, escreveu o presidente colombiano nas redes sociais.
“Completo assim oito anos de investigação permanente sobre mim pelos promotores que tentaram me prender, apenas para evitar que o progressismo sob minha liderança governasse o país”, concluiu.