O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou que irá convocar uma conferência para promover o diálogo entre governo e oposição da Venezuela. Segundo comunicado da Presidência colombiana emitido nesta terça-feira (28), o encontro ocorrerá em Bogotá e a data ainda não está definida, mas será anunciada após a Semana Santa, após o dia 8 de abril.
“O objetivo da reunião é reabrir caminhos e construir uma agenda para estimular e apoiar o diálogo entre a oposição venezuelana, a sociedade civil deste país e o governo da Venezuela”, diz a nota. Ainda de acordo com o governo colombiano, serão convidados “países da Europa, América Latina e os Estados Unidos”.
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A proposta foi respaldada pelo governo dos EUA. Em entrevista à agência Efe publicada nesta quarta-feira (29), o encarregado para América Latina do Departamento de Estado norte-americano, Brian Nichols, afirmou que o país poderá estar presente no evento.
“Estamos dispostos a participar. Estamos preocupados com a situação do povo venezuelano e qualquer país que esteja aportando bons votos para melhorar a situação é algo importante”, disse Nichols.
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O funcionário do governo de Joe Biden ainda deixou claro que os EUA estão dispostos a eliminar sanções contra a Venezuela se os diálogos entre governo e oposição avançarem.
Sediados até o ano passado no México, com mediação do governo mexicano e da Noruega, as negociações entre o governo de Nicolás Maduro e o setor mais extremista da oposição de direita venezuelana foram paralisados nos últimos meses.
Em novembro do ano passado, ambas as partes assinaram um acordo que previa a liberação de mais de US$ 3 bilhões que pertencem ao Estado venezuelano e que estavam bloqueados no exterior por conta das sanções dos EUA solicitadas pela oposição.
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O governo, no entanto, denuncia que os recursos não foram liberados e que, portanto, não poderia voltar a negociar. A oposição, por sua vez, já anunciou uma data para a realização de eleições primárias com o objetivo de tentar definir uma candidatura única para o pleito presidencial de 2024. As principais demandas desse setor político nos diálogos com o governo são a elaboração de um calendário de votação e reformas no Conselho Nacional Eleitoral.
A proposta do governo da Colômbia, segundo Petro, não pretende substituir a mesa de negociação já instalada no México.
Edição: Thales Schmidt