O aumento nos números dos casos de sarampo na Itália são “preocupantes”, assim como os de coqueluche, alertou nesta sexta-feira (26) a Sociedade Italiana de Medicina Geral (Simg).
Por ocasião da Semana Europeia da Imunização, o presidente da Simg, Alessandro Rossi, destacou que o “reforço contra o sarampo é indicado para profissionais de saúde, para pacientes frágeis, para mulheres que planejam uma gravidez”.
Além disso, os adultos também devem receber uma dose de reforço da vacina trivalente contra difteria, tétano e coqueluche a cada três anos.
O apelo surge do crescente número de casos de sarampo, que nos últimos dois anos na Europa aumentaram 60 vezes e só em 2023 subiu 5.770, segundo dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.
De acordo com os dados da Sociedade Italiana de Medicina Geral, também no último ano, os casos de coqueluche aumentaram 10 vezes.
Um estudo do Instituto Superior de Saúde indicam que em todas as faixas etárias há um aumento das infecções e uma diminuição das vacinações.
“Consequentemente estas infecções podem circular, deixando sujeitos frágeis expostos em um contexto onde a imunidade comunitária, garantida por uma ampla cobertura vacinal, não se concretiza”, explica a Simg, apelando para a “vacinação das crianças contra todas as doenças evitáveis” e considerando que “é essencial que os adultos se adaptem com os reforços necessários”.
O maior risco é enfrentado por aqueles que não podem ser vacinados, como crianças menores de um ano e indivíduos frágeis e imunocomprometidos. Para protegê-los, é necessário interromper a transmissão do sarampo, com “cobertura vacinal de pelo menos 95% da população”, afirmaram as autoridades sanitárias da Itália.
No território italiano, de 1º de janeiro a 31 de março de 2024, foram notificados 213 casos de sarampo – 34 em janeiro, 93 em fevereiro e 86 em março. Ao todo, 88% foram em pessoas não vacinadas.
Em comunicado, a instituição lançou um apelo para "recomendar fortemente as medidas relevantes e vacinas não só para as crianças, para as quais há marcação no calendário vacinal, mas também para os adultos que não estão abrangidos ou que necessitam de reforço".