O grupo fundamentalista islâmico Hamas disse nesta sexta-feira (10) que sua delegação deixou o Egito, após participar de mais uma rodada de negociações sobre uma eventual trégua na Faixa de Gaza, e destacou que a “a bola está com Israel”.
“A delegação negociadora deixou o Cairo em direção a Doha. A ocupação rejeitou a proposta apresentada pelos mediadores e aceita por nós. Consequentemente, a bola está agora inteiramente no campo [de Israel]”, diz o texto.
Representantes do Hamas e do governo do premiê Benjamin Netanyahu deixaram o Cairo “após dois dias de negociações” destinadas a alcançar um cessar-fogo na guerra deflagrada na Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro.
Segundo o veículo egípcio Al-Qahera News, citando uma fonte no Cairo, os esforços do Egito e de outros países mediadores, como o Catar e os Estados Unidos, “continuam a aproximar os pontos de vista dos dois lados”.
Na última segunda (6), o grupo fundamentalista chegou a anunciar que havia aceitado uma proposta de trégua elaborada pelo Egito e Catar. No entanto, Israel negou o acordo e disse que os termos foram suavizados pelo Cairo.
Para o governo israelense, a iniciativa está longe das suas exigências, principalmente porque seu objetivo é garantir uma vitória completa contra o Hamas.
Ontem, inclusive, Netanyahu reiterou que Israel continuará combatendo o Hamas “mesmo sozinho”, logo após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter dito que não enviará mais armas de ataque a Tel Aviv se o exército israelense invadir Rafah, no sul de Gaza.
Além disso, o gabinete de guerra do governo israelense também convocou uma reunião para discutir os próximos passos depois das falas do democrata. Alerta – Paralelamente, um porta-voz militar de Israel divulgou nesta sexta que há novas sirenes de alerta contra mísseis de Gaza para Kerem Shalom, no sul de Israel, local que inclui a passagem por onde passam os caminhões de ajuda humanitária para o enclave palestino após verificações de segurança.
De acordo com ele, no último ataque do Hamas, realizado há poucos dias, quatro soldados foram mortos e Israel fechou a passagem.