Um bebê de cinco meses morreu afogado na costa de Lampedusa, ilha italiana situada no Mar Mediterrâneo Central, em meio a uma onda de chegadas de migrantes forçados.
O bebê viajava em um barco clandestino com sua mãe e outros 45 deslocados internacionais.
Por volta de 4h18 (horário local) desta quarta-feira (13), a embarcação virou, pouco antes da chegada de um barco de socorro da Guarda Costeira italiana.
Todos os migrantes foram resgatados com vida, menos o bebê de cinco meses, cujo corpo foi levado para a câmara mortuária do cemitério de Lampedusa. Já sua mãe está no centro de acolhimento da ilha, que sofre com a superlotação devido à chegada em massa de deslocados internacionais.
Apenas na última terça-feira (12), pelo menos 5.112 migrantes desembarcaram em Lampedusa, enquanto nesta quarta o número de chegadas já passa de mil. Atualmente, quase 7 mil deslocados estão na ilha, a maior parte deles no centro de acolhimento local, que tem capacidade para 350 pessoas.
A administração da província de Agrigento determinou a transferência de 880 migrantes ainda na manhã desta quarta para aliviar a situação em Lampedusa, que fica a menos de 100 quilômetros em linha reta da Tunísia.
“Há alguns dias, e sobretudo nas últimas horas, Lampedusa está vivendo uma emergência humanitária com poucos precedentes”, disse o ex-prefeito Totò Martello.
Segundo o Ministério do Interior, a Itália recebeu 124 mil migrantes forçados via Mediterrâneo desde o início do ano, quase o dobro da cifra registrada no mesmo período de 2022.