Por Thaís Barcellos
O Banco Central (BC) pediu projeções mensais de núcleos de inflação e estimativas fiscais de longo prazo na pesquisa pré-Copom de maio. O encontro será nos dias 2 e 3 do mês que vem Na quarta-feira, 19, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a inflação brasileira tem diminuído, mas que os núcleos, itens menos voláteis, que costumam indicar a tendência inflacionária, estão resilientes. “O trabalho não está feito ainda e precisamos ser persistentes.”
No questionário pré-Copom, além da tradicional pergunta de projeções para a inflação de 2023 e 2024, o BC também pediu estimativas mensais para o IPCA – índice oficial de inflação – de abril a junho, assim como as previsões para a média dos núcleos para os mesmos meses.
Outra novidade é o tópico que trata do cenário de longo prazo para a dívida bruta e a dívida líquida do País. O BC pede a projeção em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) para as duas variáveis em 2032 e pergunta qual é o valor máximo observado entre 2023 e 2032, com discriminação de em que ano ocorre.
Na quarta-feira, Campos Neto também avaliou o projeto de arcabouço fiscal apresentado pelo governo como “bastante razoável”, mas que não há relação mecânica com a política monetária e que é preciso ver as expectativas de inflação baixarem.
Na pesquisa, há também pedido de projeções do mercado de crédito Como de costume, o BC também pergunta as estimativas para o PIB do Brasil em 2023, com discriminação para o primeiro e o segundo trimestres deste ano, e para o mercado de trabalho.
Há ainda perguntas sobre inflação e crescimento econômico em 2023 e 2024 nos Estados Unidos, China e zona do euro.