O autor do ataque terrorista que fez duas vítimas em Bruxelas, capital da Bélgica, na noite da última segunda-feira (16) foi morto em um confronto com a polícia na manhã desta terçã (17).
Abdessalem Lassoued, tunisiano de 45 anos de idade, foi encontrado em um bar em Schaerbeek, na região metropolitana de Bruxelas, após uma longa caça que avançou por toda a noite e a madrugada.
O terrorista trocou tiros com a polícia e chegou a ser levado a um hospital, porém não resistiu aos ferimentos e faleceu. Na noite da última segunda, Lassoued havia matado dois cidadãos suecos – que provavelmente estavam na cidade para a partida entre Bélgica e Suécia pelas Eliminatórias da Eurocopa – com tiros de Kalashnikov, reacendendo o alarme do terrorismo na União Europeia.
A polícia ainda busca possíveis cúmplices do tunisiano e não descarta a existência de uma célula terrorista por trás do ataque, que fez as autoridades belgas elevarem o nível de alarme para três em todo o país e quatro – o topo da escala – em Bruxelas.
Após o atentado, a segurança nas sedes das instituições da UE foi reforçada, e outros países do bloco também estão em alerta. “Neste momento, não há ameaças diretas à Itália, mas a prevenção é máxima”, garantiu o ministro italiano das Relações Exteriores e vice-premiê, Antonio Tajani.
Durante a manhã, dois homems foram presos em Milão por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), ao qual Lassoued dizia pertencer. O tunisiano já era conhecido das forças de segurança belgas pelo risco de radicalização e teve um pedido de refúgio negado no país.
Em 2021, publicou nas redes sociais um vídeo em Gênova, uma das cidades mais importantes da Itália e perto da fronteira com a França. “Eu me vinguei pelos muçulmanos”, disse Lassoued em uma gravação divulgada na internet após o atentado em Bruxelas.
Por sua vez, o Conselho Muçulmano da Bélgica condenou o ataque e pediu para as autoridades esclarecerem o caso “o quanto antes”.