Um ataque russo atingiu Odessa, na Ucrânia, na manhã desta quarta-feira (6), no momento em que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o premiê grego Kyriakos Mitsotakis visitavam o porto da cidade, no Mar Negro.
Um míssil caiu a cerca de 500 metros da delegação de oficiais.
“Me parece que não apenas ouvimos, mas vimos esse ataque hoje. Vocês estão vendo com quem estamos lidando, eles não se importam onde atingem.
Houve mortos e feridos”, disse Zelensky, em entrevista coletiva.
“Ao fim da visita, ouvimos as sirenes de ataques aéreos e uma das explosões muito próxima. Não tivemos tempo de ir para os abrigos. Foi uma experiência impressionante”, disse Mitsotakis.
Segundo a Marinha ucraniana, o ataque deixou cinco mortos.
A Defesa russa afirmou que o bombardeio foi direcionado a um hangar militar onde eram construídos drones marítimos.
O ataque gerou uma onda de repercussão internacional.
A presidente do Poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, condenou o episódio: “Ninguém é intimidado por esta nova tentativa de terrorismo, certamente não os dois líderes no campo nem o corajoso povo ucraniano. Mais do que nunca, estamos ao lado da Ucrânia”.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também expressou “a mais clara condenação”: “Este enésimo ato de intimidação russo não surtirá nenhum efeito e não enfraquecerá a resistência ucraniana, ao lado da qual a Itália e seu governo estão colocados sem falhas”.
Em nota, a Casa Branca disse que os ataques mostraram a “urgente necessidade” de que os republicanos no Congresso americano desbloqueiem as ajudas a Kiev.