A companhia aérea Alitalia, em fase de liquidação, enviou uma carta ao governo e aos sindicatos para anunciar “o início de um procedimento que determina, apesar do seu pesar, despedimentos por redução de pessoal”, em uma medida que deve afetar cerca de 2,7 mil funcionários.
O documento, datado de 1º de dezembro, afirma que 2.840 trabalhadores permanecem empregados, mas a decisão atingirá 2.668 trabalhadores que se encontravam em situação de regulamentação de trabalho temporário.
Já outros 172 permanecem contratados pelo Estado em regime extraordinário para necessidades relacionadas com a conclusão do programa de gestão da última fase de liquidação, cuja data de finalização está atualmente marcada para 15 de janeiro de 2024.
“Por causa do quadro regulamentar e com a única exceção das necessidades operacionais da administração extraordinária ligadas à conclusão da atividade de liquidação, o abaixo assinado não consegue reempregar os trabalhadores atualmente suspensos por despedimento”, diz o texto.
O anúncio chega após o governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, ter notificado formalmente a Comissão Europeia da operação que permitirá a entrada da companha aérea alemã Lufthansa no capital da ITA Airways, nova empresa nascida da Alitalia.
A operação com a Lufthansa foi concluída em maio passado, quando a companhia alemã se comprometeu com o Estado italiano a assumir 41% do capital da ITA Airways por meio de um aumento de capital de 325 milhões de euros, com a opção de adquirir todas as ações remanescentes em um segundo momento.